não havia anda de novo para além de muito cansaço, mas decidiu, decidi, que o inverno não é o que dizem, e que não é o túnel negro que preciso atravessar, sobreviver, até à luz da primavera. há dois invernos, no pico da situação periclitante - caída nas urgências com oxigénio na cara - fiz uma estação baixa de acrílicos e pincéis, o canto do cisne dos olhos que tinha.
gostaria de dizer que as palavras se tornam mais fáceis. escrevo o tempo todo, para viver, mas é outra coisa. vejo que quanto mais se escreve mais se fica calado, como se a imagem da coisa pensada dispensasse o som.
então, no início do ano, como se estivesse sentada no alto de um escorrega e todos os meses fossem só parte da descida. hoşgeldiniz.
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